As 10 Características de um Engenheiro Brilhante

Hello World! We're back!

Após outro longo periodo de dormencia, volto à ativa por essas bandas. Estava atarantado com o trabalho e também coisas pessoais (minha filha nasce nos primeiros dias de dezembro e ainda não me mudei). Além do mais, faz um tempo que não acontece nada (ou pelo menos se conteceu passou desapercebido) interessante no mundo mobile. Nada além de resultados financeiros desanimadores para este setor que parecia inabalável. É a crise veio para todos, mas esse tópico vai ficar para um proximo post...

Vim aqui para falar de um artigo que considerei gênial. Um dia desses me fizeram a seguinte pergunta: "Como identificar um engenheiro brilhante?". Complexo. Alguém ai tem a fórmula? O fato é que comecei minhas perquisas de braços dados com o Oráculo e achei o que considerei ser a melhor resposta para a pergunta. 

O artigo com o título: Top 10 Traits of a Rockstar Software Engineer é, em minha opinião uma resposta sensata para a pergunta citada acima. O artigo apresenta uma lista de 10 características que definem um engenheiro brilhante. Seguem minhas experiências e pontos de vista sobre cada um dos aspectos citados no artigo:

1. Loves To Code

Acho que isso se aplica a qualquer coisa que uma pessoa possa fazer. Qualquer tarefa é executada melhor quando há uma pitada de paixão envolvida. Você tem que amar o que faz para poder fazer bem feito. Além do mais codificar não é uma ciência exata. Como dito no artigo: "codificar é uma arte", e toda arte precisa de um pouco de paixão para dar certo.

2. Gets Things Done

Essa é um gancho de direita no queixo desse pessoal que sai da faculdade querendo ser SQE (Software Quality Engineer): "There are plenty of technical people out there who talk about software instead writing it". Como pode uma pessoa descrever como construir software sem nunca ter construído um (projetos de faculdade definitivamente não contam). Bons engenheiros resolvem os problemas de forma simples e objetiva. Vale enfatizar: simples e objetiva. Num software em JavaME, um dos requisitos consiste em salvar as configurações do usuário (aproximadamente 5 bytes) em RMS. O que você acharia se, para esta simples tarefa, um engenheiro levasse 2 semanas e entregasse  6 classes, aplicando nelas inúmeros padrões de projetos? Particularmente achei horrível! “Keep it simple, son”. Mas não entenda esse tópico erroneamente. O processo de análise é muito importante e muitas vezes é necessário muita pesquisa e análise para achar a maneira mais simples de implementar um componente específico, mesmo que ele seja pequeno. 

3. Continuously Refactors Code

"Coding is very much like sculpting". Que mais posso dizer? Se você não sabe fazer refactoring ou se sabe e não aplica no seu dia-a-dia, a probabilidade do seu código não ser dos melhores é alta. Refactoring é uma disciplina que não pode ser ignorada. Li num livro que os projetos de software deviam ser feitos sempre duas vezes. Que apenas depois de observar os erros cometidos da primeira construção, os engenheiros estariam realmente preparados para implementar o projeto "de verdade". Refactoring tem mais ou menos esse conceito: escreva a primeira versão, observe os erros, rescreva e repita o processo até que você acredite que o código está perfeito. Certamente não estará, mas estará bom o suficiente. De quebra você ainda vai descobrir alguns errinhos que você acabou de cometer, e como está com o código fresquinho na cabeça, vai resolve-los em segundos.

4. Uses Design Patterns

"A good engineer always recognizes and leverages patterns, but is not driven by them." Conheça Design Patterns e saiba aplicá-los inteligentemente. Ao contrário do que muita gente pensa, Designs Patterns não devem ser usados em todas as classes que você criar. Apenas use onde é realmente necessário e útil. Dessa vez, ênfase no "útil". Lembra das seis classes e dezenas de padrões aplicados para conseguir salvar 5 bytes no RMS? Muito cuidado com o uso errôneo dos Patterns. Se quando aplicados corretamente soam como verdadeiras obras de arte, quando aplicados de maneira equivocada podem ser grandes vilões, afinal, quem desconfiaria de um todo poderoso Design Pattern? Eu. Na minha curta vida de desenvolvedor, não vi nenhum padrão ser tão reincidentemente mal aplicado quanto o Singleton. Banir esse Pattern  é a solução aconselhada por vários gurus, repetindo uma cruzada semelhante à travada contra o "goto" em 1900 e bolinha. A que ponto chegamos. Portanto, não acredite que padrões de projetos são a solução para tudo. Eles são apenas mais uma ferramenta à disposição e você não vai querer usar uma chave oitavada onde o mais indicado é uma tesoura.

5. Writes Tests

Você não sabe o que isso pode fazer por você e pelo seu software. No final do ano passado minha gerente me deu feedback que eu precisava melhorar minhas habilidades com testes. E ela estava certa. Meus códigos saiam do forno com dezenas de centenas de bugs. E testar é chato. Bom mesmo é escrever código. Então, por que não unir o útil ao agradável e escrever código para testar seu código? Perfeito! No inicio do ano tive de implementar um pequeno banco de dados OO e resolvi aplicar Unit Tests nele. Resultado já faz quase um ano que ele está sendo utilizado, testado e re-testado e apenas 5 manutenções corretivas foram feitas. O primeiro bug só apareceu depois de 3 meses. Nada mal, hein? Fora o benefício de estar muito mais seguro quando minha gerente me perguntou como estava o progresso do desenvolvimento do componente. Eu sabia exatamente onde estavam meus problemas e pude informar com firmeza o andamento do trabalho. Experimente uma vez, e não largue mais.

6. Leverages Existing Code

A chave nesse tópico é: "Não reinvente a roda".  Apóie-se em código que esteja pronto e que já tenha sido provado e aprovado. Procure código pronto no próprio projeto, nos projetos antigos e no google. Se já existe um componente pronto para ser usado, por que escrever um novo e ter que gastar preciosas semanas debugando e testando esse componente? Apenas tenha atenção com as licenças dos componentes que você quiser usar.

7. Focuses on Usability

Essa tarefa nem sempre é fácil. Muitas vezes quem define essas coisas não somos nós, mas sim o pessoal de Marketing e Vendas. Mas faz parte dos ossos do ofício pelo menos avisar quando algo não está lá uma Brastemp. De preferência já sugerindo uma possível alternativa. Por outro lado, se a usabilidade depender apenas de nós, pobres engenheiros, o software, quase que certamente, vai ser um fracasso nesse quesito. Tente delegar essa tarefa aos designers, mesmo que eles sejam completos excêntricos, vão produzir melhor resultado que engenheiros. Certamente o ideal é uma aliança entre os três setores.

8. Writes Maintainable Code

O código fonte tem duas funções básicas: implementar uma funcionalidade corretamente e informar claramente como essa funcionalidade está sendo implementada. Fatalmente, alguém, um dia, terá realizar manutenções nesse pedaço de código que você acabou de escrever.  E esse alguém pode ser você mesmo. Podemos escolher entre tornar isso um martírio ou apenas em mais uma tarefa a cumprir. Comente seu código, siga os padrões de nomenclatura, e nada de escrever código ofuscado. Apenas mantenha em mente que há a possibilidade de você ter de fazer manutenção no seu próprio código daqui a um ano e que, nessa ocasião, não lembrará mais do que fez. Naturalmente o código estará bem documentado e auto-explicativo.  

9. Can Code in Any Language
10. Knows Basic Computer Science

Não tenho o que acrescentar nesses últimos dois tópicos. Você não pode se apegar a uma linguagem, a ponto de não conseguir usar outra. Isso é um erro grave, acima de tudo, profissinalmente.  Tampouco pode se dar ao luxo de não conhecer algorítimos de estruturas de dados, conceitos de banco de dados e paradigmas como liguagens estruturadas ou orientadas a objetos.

Aconselho que confiram o artigo na fonte e aproveitem para lê-lo e extrair alguns pontos os quais não mencionei aqui.

Android G1: Ready to Deploy

Hello World! I'm back!

Depois de mais de um mês sem nada de interessante pra postar, finalmente volto à ativa! E a causa é nobre: o nosso oráculo está prestes a colocar na rua o primeiro celular com o selo: Powered by Android. Depois de vários adiamentos consecutivos o "Google Phone" (ou pelo menos o primeiro deles) deve chegar às prateleiras gringas no dia 22 de Outubro deste ano.

O dispositivo já foi anunciado oficialmente pela T-Mobile, HTC e, claro, o Google e a Federal Communications Commisson, órgão regulador Americano similar à Anatel brasileira, já aprovou o lançamento do dispositivo que nada mais será além de um HTC Dream reestilizado.

O aparelho, batizado de G1, trará consigo aplicações esperadas como o Google Maps com Street View (que permite visualizar ruas, prédios, praças, etc em 3D), GMail, Google Talk, Youtube e Browser Full HTML (alguma versão do Chrome, talvez). Mas o "robozinho" também traz uma surpresa: o Android Market. Um portal destinado a exposição e comercialização de aplicativos diretamente do aparelho, usando os moldes da pioneira Apple com sua App Store.

O dispositivo deve chegar primeiro nos EUA, no próprio 22 de Outubro, na Inglaterra em Novembro e, posteriormente, por volta dos primeiros meses de 2009, no resto da Europa e custará 179 dólares junto com um contrato de 2 anos e um pacote de dados ilimitados. Já para os nativos aqui dos cafundós tupiniquins não há previsão de lançamento.

The LiMo Foundation

A LiMo Foundation foi criada no inicio de 2007 por um grupo de grandes empresas do seguimento mobile com o intuito de criar um midleware verdadeiramente aberto, baseado em linux e que fosse independente de plataforma. Desde então o "sisteminha" já embarcou em mais de 20 modelos de celulares de várias grandes e "pequenas" marcas.

O LiMo não provê recursos para UI e nem conteúdo algum, nem quer ser visto como um monte de padrões em um documento de milhares de páginas. A grande sacada é criar uma comunidade a cerca de um projeto que interessa a todas as empresas no ramo, assim como a IBM fez com o Eclipse. É simples:
  • Qualquer empresa que se associa tem acesso ao código;
  • Qualquer mudança feita no código por um dos membro, beneficia a todos;
  • É permitido distribuir produtos com a plataforma LiMo sem pagamento de royalties;
  • Qualquer coisa construída sobre a plataforma é de posse de quem á construiu;
  • Uma banca gestora define novos requisitos e prioridades da plataforma.
Dessa forma o código que não interessa (midleware) é compartilhado, os segredos estratégicos de cada empresa são mantidos completamente fora do escopo e com o mínimo de esforço pode-se obter grandes vantagens!

Com esse modelo de negócio a LiMo Foundation já possui 53 membros (sendo 7 fundadores, 10 Core Members e 36 Associate Members) e 22 celulares lançados (a maioria por sua co-fundadora, a Motorola), resultados esses, muito mais expressivos que os apresentados pelo Google com seu Android ou pelo OpemMoko (o primeiro não colocou um celular sequer no mercado e o segundo está correndo atrás do prejuízo nessa briga).

JavaME: BUG Pode Afetar Millhões de Celulares

Hello [Secure] World!

O hacker polonês, Adam Gowdiak, anunciou a descoberta de um bug na implementação da plataforma JavaME em, aproximadamente, 140 celulares S40 da Nokia. Ele argumenta que um potencial ataque pode ceder acesso à MMS, SMS, PUSH e WAP sem que o usuário sequer tenha conhecimento.

Entre outras vulnerabilidades, o bug pode também possibilitar que o malware faça ligações, ganhe acesso ilimitado ao File System, à agenda de contatos, ao SIM card e
à gravação de audio e video. Tudo isso, sem que o usuário saiba.

Gowdiak não divulgou em detalhes que tipo de procedimento causa o problema... pelo menos, não de graça. Ele colocou à venda um estudo de 178 páginas que descrevem o problema e como explorá-lo, com direito à código-fonte de exemplo e tudo mais. Por quanto? "Apenas" 20.000 euros é a resposta.

Não se sabe se a Nokia comprou o tal documento, mas Gowdiak pretende lucrar aproximadamente um milhão de euros, visto que é possível que o mesmo problema esteja em mais 1 milhão de celulares de várias fabricantes. Gowdiak pretende usar esse dinheiro para estruturar sua empresa de segurança: Security Explorations.

Mais em: http://www.telecoms.com/itmgcontent/tcoms/news/articles/20017560920.html

Apple: Security Expert Needed

Hello World!

A Apple quer contratar um Engenheiro de Segurança para o iPhone e, dentre os requisitos para o cargo, consta: "Reverse Engeneering Expert". A empresa pretende contra-atacar os hackers com um pouco de seu próprio remédio. O posto está aberto desde setembro de 2007, mas ainda não foi preenchido.

Desde o seu lançamento o iPhone vem sendo o melhor playground para hackers do mundo. Falhas na segurança do browser Safari foram a porta de entrada que possibilitaram o destravamento da primeira versão do dispositivo, gerando uma grande dor de cabeça para a Apple e seus contratos de exclusividade.

O currículo necessário para ser admitido não é para qualquer um... mas se você conseguir realizar o feito, por favor, não esqueça do cara que lhe deu a dica! [:-P]

Fonte:
http://www.theregister.co.uk/2008/07/25/apple_iphone_hack_job_offer/
http://jobs.apple.com/index.ajs?BID=1&method=mExternal.showJob&RID=12150&CurrentPage=1

PS: Elogios, críticas, sugestões
e reclamações são bem vindos na sessão de Comentários abaixo.

Motorola Lucra 4 Milhões no Segundo Trimestre

Hello World!

Depois de quase um ano e meio de muita confusão e péssimos resultados financeiros - que levaram à demissão do seu presidente, Ed Zander - a Motorola, agora presidida por Greg Brown, surpreende e mostra algum sinal de reação.

Um modesto lucro de 4 milhões dá fôlego à empresa e assegura o terceiro lugar no ranking das vendedoras de celulares - posição que estava dada como perdida após anuncio do crescimento excepcional da LG no ramo.

A crise na empresa vem se arrastando desde o final de 2006, época em os acionistas da empresa se mostraram completamente insatisfeitos com os resultados pobres, após um ano de larga expanssão como foi o de 2005 (quando o super sucesso do RAZR V3 levou a empresa a ocupar o posto de segunda maior do mercado, atrás apenas, da gigante filandesa: a Nokia) .

De lá para cá a situação apenas piorou. Anuncios apontavam prejuísos cada vez maiores a cada trimestre, as ações despencaram, o presidente Ed Zander foi demitido, o milhonário investidor Carl Icann pediu espaço no conselho da empresa, planos de separar a Motorola em duas empresas surgiram, e certamente niguém, nem a própria Motorola, esperava algum lucro neste trimestre. Muito pelo contrário! Analistas apontavam a queda para quinta colocação como certa.

O ranking, baseado em produção de unidades/trimestre, pode ser visto abaixo:



Q2 08

Q1 08

Q2 07

% Evolução 07/08

Nokia

122.0

115.5

100.8

+21

Samsung Electronics

45.7

46.3

37.4

+22

Motorola

28.1

27.4

35.5

-21

LG Electronics

27.7

24.4

19.1

+45

Sony Ericsson

24.4

22.3

24.9

-2


Para supresa de muitos, a Apple, com seus 1 milhão de iPhones 3G vendidos em 3 dias, ainda não está entre as cinco maiores do mundo... brincadeira, vai.

Fontes:
http://www.telecoms.com/itmgcontent/tcoms/news/articles/20017558072.html
http://www.moconews.net/entry/419-handset-shipments-surge-15-percent-in-second-quarter/
http://www.tgdaily.com/content/view/38671/122/

Eclipse? Que é isso?

Hello World!

Provavelmente você deve sabe que o Eclipse é uma IDE (Integrated Development Environment) para desenvolvimento em Java, certo? Errado! O Eclipse é uma ferramenta muito mais poderosa que isso.

História
A IBM, originalmente, idealizou o que mais tarde viria a se tornar a Eclipse Platform com a intenção de resolver uma fonte de reclamações constantes por parte de seus clientes: As várias ferramentas IBM pareciam vir de companhias distintas e simplesmente não funcionavam juntas. Faltava consistência. De quebra, essa solução ainda diminuiria a replicação de código comum, coisa que é sempre bastante benéfica.

Depois de construída, a plataforma era boa o suficiente para ser difundida, então a IBM resolveu fazer uma IDE sobre essa plataforma e distribui-la gratuitamente com o intuito de divulgar a plataforma. Dessa forma a IBM mataria dois coelhos com uma única cajadada. Divulgaria a plataforma Eclipse e ainda faria frente ao VisualStudio da Microsoft.

Infelizmente os parceiros da IBM ficaram apreensivos em investir na plataforma desconhecida e isso levou a IBM a abrir o código do Eclipse em 2001. Foi fundado então o Eclipse Consortiun que ainda contava com outras oito empresas. Um fato interessante é que o domínio eclipse.org pertencia a um time de futebol feminino numa cidade chamada Illnois. Óbvio que a IBM fez uma oferta irrecusável pelo domínio...

Depois disso o Eclipse passou ser bastante conhecido, mas algo ainda afastava investidores. Parecia que a IBM estava no controle de tudo... Foi quando nasceu a Eclipse Foundation, uma empresa sem fins lucrativos e completamente desligada da IBM. Este modelo é empregado até hoje, e que vem dando muito certo por sinal.

Eclipse Foundation

O Eclipse pode ser usado como IDE Java, e essa é, certamente, sua faceta mais divulgada. Porém, também pode ser usada como IDE para várias outras linguagens como C/C++, PHP, Ruby, JavaScript e HTML. Ai você me diz: "Tá, e daí?". Daí que não acabou ainda não! Além disso a Eclipse pode ser usado pra construir qualquer outro tipo de ferramenta ou aplicativo. O Eclipse consiste de uma plataforma para construção de aplicativos em geral. Segundo a Eclipse Foundation o Eclipse é:
  • IDE Framework
  • Tools Framework
  • Open Source/Community
  • Eco-system
  • Foundation
Vamos por partes...

1. IDE Framework

O Eclipse é sim uma IDE, mas também uma IDE C/C++, Ruby, etc. Na verdade é possível integrar qualquer coisa no Eclipse, até mesmo UML ou um editor de imagens avançado.

2. Tools Framework

Com plug-ins é possível transformar o Eclipse no que for preciso.
Alem disso, removendo a IDE o que sobra é um poderoso Framework para aplicações: o Eclipse RPC. E qual a vantagem? É multiplataforma, afinal o Eclipse roda em Windows, Linux e Mac; Possui integração nativa com o OS (Drag'n'Drop, OLE...); Uma larga variedade de widgets prontos.

3. Open Source/Community

Todo código do Eclipse é aberto. Há milhares de contributors, centenas de commiters, centenas de plug-ins comerciais, incontáveis blogs de entusiastas (não é meu caso... juro!) e portais, etc.
Saiba o que são contributors e commiters na próxima sessão.

4. Eco-system

Eu sempre quis saber quem faz o código do Eclipse. E a resposta é: o Ecossistema.
Calma, eu explico. O Eclipse é um projeto de código aberto, certo? Logo qualquer um pode contribuir para o projeto. Eu, você, seus amigos, meus amigos, nossas vós, etc. O que precisamos fazer é escolher uma CR no Bugzilla deles e submeter uma solução, assim nos tornamos contributors. Pronto, seu código vai direto para a Baseline do projeto, não é? Não mesmo! Ai que entram os commiters. Só eles tem acesso ao repositórios do projeto e eles tem a obrigação de revisar seu código e assegurar que ele funciona para, só então, integra-lo. Não se preocupe o crédito da resolução do problema ainda será seu. Se você for um bom contributor, pode até virar um commiter. Para isso, basta que um dos commiters indique você e que os outros aprovem sua promoção (se fosse aqui no Brasil rolariam altos nepotismos...).

Nesse momento você se pergunta: "E onde diabos entra o Ecossistema nisso?". Simples. A maioria dos desenvolvedores que trabalha nos vários projetos do Eclipse são engenheiros contratados por alguma empresa grande que está por trás do projeto, pois é de seu interesse. Interessante, hein?

Várias empresas contribuem para o Eclipse Platform, dentre elas gigantes como a Intel, Nokia, Motorola, IBM, Borland, Oracle, SyBase e Wind River.

5. Foundation

A Eclipse Foundation e uma organização sem fins lucrativos que emprega basicamente de advogados (alguém estava esperando que eu falasse desenvolvedores?). Eles ficam lá analisando a legalidade dos projetos. De acordo com a licença EPL (Eclipse Public Licence) todo código do Eclipse é livre e qualquer um pode modificá-lo contanto que submeta a sua modificação, porém se você apenas usa, digamos, o RPC para fazer sua aplicação, sem altera-lo, é possível que você adicione o RPC à seu software sem violar a licença. Essa é a grande diferença para o GPL.

A EPL também garante que o código EPL é de inteira responsabilidade da Eclipse Foundation. Isso significa que caso você venha a sofrer um processo judicial por causa do código EPL que você distribuiu com sua aplicação a Eclipse Foundation se responsabiliza completamente (apesar de soar estranho aqui, nos US e na Europa isso é normal). Entendeu por que a Eclipse Foundation tem advogados em vez de desenvolvedores?

O nome Eclipse

O nome Eclipse tem uma história interessante. E, ao contrário do que muitos pensam, não é uma afronta direta a Sun e o NetBeans, apesar de que, a Sun por muito tempo, se recusou a fazer parte do ecossistema por causa desse nome. O fato é: quem a IBM realmente queria "eclipsar" era a Microsoft que na época do lançamento do Eclipse era claramente o líder do mercado de IDEs com o VisualStudio.

Fontes:
History of Eclipse
Eclipse: Behind the Name

Telefones Desbloqueados POR Todos

Hello World!

Um grupo de hackers lançou esta semana um kit que promete desbloquear qualquer telefone existente até a presente data. E por um preço bem acessível: US$ 50,00!

O grupo garante que tanto telefones existentes quanto os que ainda serão lançados são passíveis de desbloqueio usando o tal "Kit Terror Das Operadoras", e mais, eles vão fornecer updates a medida que novos telefones, com novas tecnologias de bloqueio, fiquem disponíveis.

Tudo bem que aqui no Brasil, teoricamente, todos os telefones já saem das lojas desbloqueados, mas essa notícia não deixa de ser interessante por isso.

O Symbiam e o Smartphone

Hello World!

Depois de umas semanas se postar, aqui estou. Sabe como é, né? São João, São Pedro (no nordeste São João é feriado)... Além do mais não achei nada de interessante pra falar até a Nokia resolver comprar o Symbiam... Nada mais justo, até mesmo porque ela é a maior utilizadora do sistema - a Nokia pagou cerca de 250 milhões de dólares em licensas do Symbiam só em 2007 e comprou a empresa por 410 milhões.

Mas na verdade não foi esse o fato que realmente me chamou a atenção, e sim, uma reportagem que li sobre a história do mercado de smartphones e a relação da mesma com o Symbian , ou vice versa.

Quando citado pela promeira vez, o termo smartphone traduizia-se basicamente em acesso a internet e a emails em qualquer lugar e horário. Mas na verdade os celulares deste seguimento são primordialmente grandes, lentos, complicados e tornavam a navegação na internet realmente dolorosa.

Na reportagem o autor enumera alguns fatos interessantes: o Symbian não fez em sete anos de existencia o que o iPhone, juto com o seu OS X, fez em poucos dias (popularizar o smartphone); A interface dos celulares Nokia tem usabilidade questionável; Hoje em dia qualquer celular mid-tier roda GMail, Google e GoogleMaps sem maiores problemas.

Confira o Artigo na Integra em: Farewell then, Symbian

PS: Sempre achei que os celulares Nokia tinham uma UI muito complicada... finalmente achei alguém que concorda comigo.

Novo iPhone Movido a Energia Solar?

Hello World!

A Apple não para de inventar novidades.

A gigante da inovação submeteu um pedido de patente citando o uso de energia solar para alimentar dispositivos móveis, criando ainda mais expectativa sobre a suposta apresentação da nova geração do iPhone, durante a Apple Worldwide Developers Conference. Será a Apple capaz de se superar novamente? O fato é que a submissão do pedido de patente apenas dá uma pista sobre os futuros passos da empresa.

Dentre as especulações sobre a nova geração do dispositivo estão a adição de suporte a redes 3G, indicada por um geek, que achou no meio do código de um dos software updates do iPhone, linhas de código que faziam referência a um provável novo chipset, o qual suporta HSPDA com velocidade de até 7.2mbps. Além disso espera-se também uma câmera mais potente, GPS integrado e uma solução para a baixa autonomia da bateria do dispositivo (o que torna o pedido de patente da Apple ainda mais relevante).

O iPhone, até agora, só está disponível nos EUA, Inglaterra, Irlanda, Alemanha, Áustria e França, mas contratos já foram fechados com operadoras de todo mundo para que mais de 60 países recebam o brinquedo oficialmente (afinal, por via métodos obscuros, ele já está no mundo todo).

A lista de países inclui quase toda (senão toda) América Latina, através da America Móvil (Claro, aqui no Brasil), muitos países da Europa, Filipinas, Singapura e até países africanos como Quênia, Madagascar e Guiné Bissau (é assim mesmo que escreve?).

É quase certo que a Apple mude radicalmente o modelo de negócio usado para o iPhone original, visto que, na maioria absoluta dos países onde o novo iPhone será lançado, a base de clientes das operadoras é formada basicamente por usuário de contas pré-pagas.

Neste contexto o modelo atualmente usado, onde a Apple recebe uma porcentagem sobre os serviços utilizados em seu telefone, estaria destinada ao fracasso, logo que nestes países, incluindo Brasil e demais países da América Latina e África, as grandes massas não possuem rios de dinheiro para pagar por tais serviços e muitas vezes não possuem dinheiro sequer para pagar pelo aparelho em si. Espera-se que o novo modelo de negócio se adapte a essa nova realidade permitindo subsídios das operadoras aos aparelhos.

Fontes:
Telecoms.com Blog: iPhone Watch
RegHardware:
Apple patent filing suggests solar powered iPhone

Velocity: Novo Jogador à Mesa

Hello World!

Mais uma empresa acaba de entrar na briga pelo dominação do mundo... móvel. A inglesa Velocity é mais nova empresa a entrar no mundo da fabricação de celulares. E não vem a passeio, não.

A empresa já anunciou, ainda para este ano, o lançamento de dois celulares que prometem ser concorrentes de peso para gigantes como BlackBerry e HTC. O Velocity 103 possui tela sensitiva ao toque de 2,8" e características semelhantes ao HTC Touch Diamond, exceto pela ausência de rádio e pela câmera, menos potente. Por outro lado possui suporte a cartões de memória, coisa que o HTC não tem.

Já seu irmão executivo, o Velocity 111, tem teclado QWERTY e suporta WiFi e rede 3.5G e, apesar da tela menor (2.46"), não decepciona. Com GPS integrado, plug de fone de ouvido de 2,5mm (igual ao do computador) e USB 2.0 para acelerar a transferência de arquivos entre o celular e o computador. Ambos os modelos rodam o Windows Mobile 6.1.

Se praticar uma política de preços agressivos e se seus produtos fornecerem o nível de qualidade esperado, a Velocity pode vir a dar muito trabalho às suas concorrentes lá na Europa, porque por aqui pelo Brasil, vai demorar um pouquinho...

Fonte: http://www.mobilegazette.com/velocity-103-111-08x05x20.htm

Maker 2 Surpreende em Avaliação da InfoExame

Hello World!

Quem diria? A empresa baiana Softwell, desenvolvedora do Maker 2, se saiu bem melhor que a encomenda.

Na avaliação da InfoExame de Abril de 2008, o Maker 2 enfrentou concorrentes de peso como Microsoft Visual Studio 2008 e Borland Delphi for PHP e, pasmem, venceu a disputa.

Com a média de 8,4 (numa escala de 0 a 10), o software que promete ajudar a desenvolver sistemas inteiros sem que seja necessário uma linha de código sequer, derrotou as gigantes Microsoft e Borland com seus respectivos ambientes de desenvolvimento por uma diferença de um décimo.

Aparentemente a Info não levou um detalhe importante em consideração: custo/benefício. Afinal, será que um único usuário do Maker 2 (RS 13.999) é capaz de produzir mais e melhor do que seis funcionários usando o MS Visual Studio 2008 (R$ 2.299) ou ainda do que quinze usando o Delphi for PHP da Borland (R$ 897)? Só o tempo poderá responder...

Independentemente disso, este é um grande passo para a comunidade desenvolvedora de software brasileira, firmando, cada vez mais, o nome do Brasil como país de referência no desenvolvimento de tecnologia e conhecimento na área de TIC.

Fonte: http://www.softwell.com.br/PaginaAction?pagina=Noticia29

Flash Lite: 25 Milhões de Instalações

Hello World!

A Adobe que já há anos mudou a cara da internet com seu Flash, agora quer seu pedaço do bolo no mundo dos dispositivos portáteis.

Desde o seu lançamento, o Flash Lite vem crescendo significativamente. Só na europa central, a previsão é mais de 25 milhões de dispositivos possuam a versão do software instalada ao final deste ano.

A Sony Ericsson não perdeu tempo e lançou uma plataforma the promete ligar o Flash Lite ao JavaME. Segundo matéria do site Telecoms.com (é preciso se cadastrar para ver a reportagem completa), os desenvolvedores serão capazes de criar interfaces limpas com o apoio do Flash enquando desfrutam de todo o conjunto de APIs e da flexibilidade fornecida por JME.

A Adobe, que de besta não tem nada, ainda firmou um contrato com a gigante Qualcomm para que os dispositivos da mesma ganhem uma versão do mini-Flash. Dá-lhe "Fréxi"!

Confira em: Macromedia and Qualcomm Extend Flash Lite To BREW

JME DataBase

Hello world, again!

Estava pesquisando um pouco sobre o assunto e achei esse site muito interessante.

Os caras da Perst fornecem uma implementação de Banco de Dados OO para dispositivos que implementam CLDC.

Infelizmente, a licença não permite o uso comercial do software deles, mas em compensação eles publicaram um artigo muito bom falando sobre os obstáculos (e a maneira de contorná-los) encontrados por eles durante a implementação do Perst Lite, a versão mobile do Perst.

A implementação do conceito explanado pelos caras não é coisa de outro mundo não, com um pouco de paciência para entender os conceitos expostos, a implementação é tranquila.

Espero que se divirtam com a leitura! um artigo em inglês, logo, na pior das hipóteses, serve para treinar as habilidades nessa língua que vive em nosso cotidiano.

Developing an object-oriented database for J2ME-based embedded devices

Intro...

Hello World!

Bom, acho que vou escrever muita inutilidade aqui, mas quem sabe até não tenha algo que se aproveite as vezes. :) Vou colocar aqui as coisas interessantes que por ventura venha a vivenciar ou tomar conhecimento em relação ao mundo dos desenvolvimento de software para mobile devices.

Espero que os pobres coitados que lerem isso aqui achem algo de interessante...